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Foto do escritorBruno Figueiredo

Infeções respiratórias: Prevenir, Monitorizar e Diagnosticar


As infeções respiratórias agudas são reconhecidas como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todas as idades, embora com maior incidência em crianças e idosos, resultando em milhares de mortes em Portugal todos os anos.


75% das infeções agudas do trato respiratório são de origem viral, existindo mais de duas centenas de vírus diferentes que atacam o aparelho respiratório. Sendo que o vírus mais conhecido é o da gripe, vírus influenza.


Os coronavírus também causam doença respiratória de gravidade variável, do resfriado comum à pneumonia fatal.


A Covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, apresenta um espetro clínico que varia de infeções assintomáticas a quadros clínicos graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com Covid-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (apresentam poucos sintomas). Aproximadamente 20% dos casos detetados requer cuidados médicos por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais cerca de 5% podem necessitar de suporte ventilatório. Os fatores na origem desta variabilidade e gravidade de resposta à doença, ainda em estudo, podem ter várias origens, incluindo fatores genéticos, ambientais e o estado clínico dos pacientes.1

A monitorização de alguns destes fatores diretamente relacionados com a condição clínica e fisiológica de cada pessoa pode ajudar na prevenção e alerta precoce da doença.


À data, não existindo uma vacina para proteger as populações do surto de Covid-19, a melhor forma de lidar com a doença é, na verdade, Prevenir, Monitorizar e Diagnosticar.

 

Nas últimas décadas, vários estudos sugerem que o nível de vitamina D no organismo pode influenciar a gravidade das respostas a doenças infeciosas como a Covid-19.2 Esta possível ligação pode ser devido aos efeitos imunomoduladores (capacidade de atuar no sistema imunológico) da vitamina D, promovendo a produção de substâncias anti-microbianas, como a catelicidina, em resposta a estímulos virais e bacterianos.

Um estudo realizado na Suíça mostrou que níveis mais baixos de vitamina D (25-hidroxivitamina D) foram associados a pacientes SARS-CoV-2 positivos, sobretudo em homens com mais de 70 anos.3

Num estudo mais alargado a nível Europeu, a mortalidade por Covid-19 foi significativamente associada a deficiência em vitamina D em diferentes populações. Nos povos do sul da Europa há indicação de carências de vitamina D, apesar do sol abundante desses países.4

Para estudar este fator, um grupo de investigadores está a medir os níveis de Vitamina D em doentes Covid-19 nos hospitais de Santa Maria, em Lisboa e São João, no Porto.

Sendo que os grupos mais vulneráveis são também aqueles com maior défice de vitamina D, como a população idosa. Existe indicação de que a suplementação de vitamina D é segura e protetora contra infeções agudas do trato respiratório.5 Neste contexto considera-se importante a realização de uma análise aos valores da Vitamina D e a sua manutenção como forma de prevenção da Covid-19.


A 2M Pharma em parceria com PRIMA® Lab tem disponível o teste da Vitamina D que consegue detetar os níveis de 25-hidroxivitamina D numa pequena amostra de sangue e avaliar a sua concentração graças à intensidade da linha de teste corada obtida. Este teste mostra os resultados na seguinte escala de concentrações: deficiente 0-10 ng/mL; insuficiente 10-30 ng/mL; suficiente 30-100 ng/mL; excesso >100 ng/mL.

 

Junto com as características clínicas, os marcadores moleculares sanguíneos podem ser muito eficazes na identificação de quadros infeciosos.

O uso de marcadores inflamatórios na prática clínica, como fatores de previsão da existência de infeção e determinação do grau de severidade da doença, está bem implementado.


A proteína C reativa (PCR), em particular, é um marcador sistémico extremamente sensível da resposta de fase aguda da inflamação, sendo um marcador muito utilizado para o acompanhamento do quadro clínico de infeções, lesões inflamatórias de tecidos e distúrbios inflamatórios em geral.

Após um evento agudo, os níveis de PCR no sangue podem atingir valores centenas de vezes mais elevados do que em condições normais. Em indivíduos saudáveis, a concentração de PCR no sangue é inferior a 8 mg/L, podendo ser superior a 100 mg/L no caso de pacientes com quadros infeciosos ou inflamatórios graves. Os níveis intermédios são concomitantes com infeções virais ou bacterianas, mais ou menos graves.

Como marcador inflamatório, a PCR está já associada ao diagnóstico de pacientes da Covid-19 como um marcador de previsão de gravidade da doença.6

Adicionalmente, a relação dos níveis de ferritina sérica com o prognóstico da Covid-19 também está em estudo existindo indicação de que indivíduos com quadro clínico grave e muito grave exibiram aumento do nível de ferritina sérica.7

A possibilidade de avaliar os níveis de PCR e de ferritina no sangue num teste rápido e simples em conjunto com o restante quadro clínico permite avaliar a probabilidade de se estar na presença de um episódio infecioso da Covid-19.


A 2M Pharma em parceria com PRIMA® Lab tem disponível os testes da PCR e da ferritina sérica. O teste da PCR, graças a anticorpos específicos, é capaz de detetar de forma semi-quantitativa o nível de PCR no sangue. Através do aparecimento de um número diferente de bandas coradas, é capaz de avaliar se a concentração de PCR está abaixo de 8 mg/L, se está entre 8 e 40 mg/L, entre 40 e 100 mg/L ou acima de 100 mg/L.


O teste da ferritina sérica, por sua vez, pode detetar níveis de ferritina inferiores ou superiores a 30 ng/mL, de acordo com as diretrizes internacionais.

Para ambos os testes os resultados podem ser obtidos em casa em apenas 5 minutos.

 

A testagem generalizada da população é uma das medidas para prevenção do contágio e propagação da doença Covid-19.


De acordo com a DGS o diagnóstico da Covid-19 deve ser realizado em laboratório de referência com recurso a zaragatoa do trato respiratório superior e/ou inferior. Este teste molecular mais invasivo, moroso e dispendioso pode, no entanto, ser complementado pelo teste serológico. Em situações que requerem um rastreio rápido da Covid-19 para confirmação de infeções em fase de convalescença ou recuperação, os testes serológicos permitem a caracterização do número de infetados assim como do grau de imunidade da população de forma menos invasiva e dispendiosa.

A importância deste tipo de teste é validada pelas iniciativas de testagem que decorreram e estão neste momento em marcha por entidades de renome em Portugal.

Os resultados do primeiro inquérito serológico nacional foram divulgados no mês de julho. Esse primeiro trabalho foi coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e revelou que 2,9% das 2301 pessoas envolvidas neste estudo observacional possuíam anticorpos para o novo coronavírus SARS-CoV-2. Valor concordante com o obtido pelo estudo epidemiológico SARS-CoV-2 2M Pharma/Prima Lab.



No início de junho foi também anunciada uma iniciativa para realizar um roteiro serológico nacional, que envolve 20 cientistas portugueses, num grupo coordenado por investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras.

A decorrer encontra-se um estudo iniciativa do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), com o financiamento da Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) e do Grupo Jerónimo Martins (JM), que vai coordenar a realização de um painel serológico para a covid-19 de cobertura nacional.


A 2M Pharma em parceria com a PRIMA® Lab tem disponível o teste rápido serológico para a covid-19. O teste serológico é um ensaio imunocromatográfico certificado pela CE com um excelente desempenho na deteção qualitativa de anticorpos IgG e IgM (imunoglobulinas G e M) contra o coronavírus SARS-CoV-2. Estes testes que se realizam em 10 minutos recorrem a amostras de sangue periférico através de uma simples picada no dedo, à semelhança dos testes da diabetes, e podem ser realizados em clínicas localizadas de Norte a Sul do país.

 

Referências Científicas


1 - Mohammadpour et al., 2020: https://doi.org/10.1002/jcp.29868

2 - Zisi et al., 2019: https://doi.org/10.1007/s42000-019-00155-z

3 - D’Avolio et al. 2020: https://doi.org/10.3390/nu12051359

4 - Cashman et al. 2016: https://doi.org/10.3945/ajcn.115.120873

5 - Martineau et al., 2017: https://doi.org/10.1136/bmj.i6583

6 - Sahu et al., 2020: https://doi.org/10.1016/j.cca.2020.06.013

7 - Kappert et al., 2020: https://doi.org/10.1080/1354750X.2020.1797880

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